sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Devagar e sempre

Parece que o país está melhorando. Timidamente, é verdade, e a despeito das catástrofes que a gente é obrigado a engolir todos os dias na hora do noticiário. Mas dá só uma espiada nos números apresentados pela pesquisa CNT/Sensus divulgada nesta semana. Duas mil pessoas foram entrevistadas entre 25 e 29 de janeiro, em 136 municípios de 24 unidades da federação, sobre sua percepção em relação a cinco grandes temas: emprego, renda, saúde, educação e segurança pública. Tinham de responder, para cada assunto, se achavam que, nos últimos seis meses, as coisas haviam melhorado, piorado ou continuado na mesma. Em seguida, foram convidadas a dizer o que imaginam que deve acontecer no próximo semestre. O resultado foi que, cruzando-se as respostas dadas em relação às cinco variáveis, 55% das pessoas disseram acreditar que, no geral, a coisa está melhor do que antes (a média mais positiva alcançada pela enquete desde abril de 2007). Já a expectativa de que tudo vai melhorar ainda mais nos próximos seis meses congregou 74% dos entrevistados.
Emprego e educação foram os dois setores com o melhor desempenho. A situação do emprego melhorou na percepção de 53,6% das pessoas e piorou para 17,6%. Já a educação foi aprovada por 47,1% da população e reprovada por 23,3%. Saúde e segurança pública, no outro extremo, continuam sendo nossos calcanhares de aquiles (o direito e o esquerdo). Em ambas, a sensação de piora supera a sensação de melhora.
O que não chega a ser novidade é a (altíssima) popularidade do presidente. Ainda segundo a CNT/Sensus, seu governo é avaliado positivamente por 71,4% da população e negativamente por 5,8% (os demais o consideram regular ou não opinaram). Já o desempenho de Lula à frente do cargo é aprovado por 81,7% e desaprovado por 13,9%.

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