Sou do time que ainda torce para ver a abertura da Copa de 2014 no Morumbi. Talvez por ser são-paulino e guardar boas lembranças do estádio, onde estive pela primeira vez quando Cilinho comandava o jovem ataque formado por Müller e Careca e aonde voltei para conferir a maestria de Telê Santana nas Libertadores de 1992 e 1993. Talvez porque encare com certa desconfiança a viabilidade de se erguer, em tão pouco tempo, um estádio totalmente novo em Pirituba - e ainda equipá-lo com avenidas, metrô, linhas de ônibus, estacionamentos e demais serviços. Por mim, prefiro torcer para que o São Paulo consiga viabilizar junto à iniciativa privada o projeto de reforma que o habilitará a seguir como representante da capital paulista no próximo mundial. E para que o Ricardo Teixeira, se não puder ajudar, que pelo menos pare de atrapalhar.

Projeto de reforma para a Copa de 2014
Contei a história do estádio Cícero Pompeu de Toledo, o Morumbi, na mais recente edição da Revista Época São Paulo. Para escrever a reportagem, visitei algumas vezes o clube, li diversas publicações que noticiaram sua construção a partir de 1952, tive a oportunidade de ver dezenas de fotografias daquele período e conversei com muita gente que fez parte da sua história, como o ponta-direita Peixinho, autor do único gol marcado na partida de inauguração (o São Paulo venceu o Sporting de Lisboa por 1 X 0 em 2 de outubro de 1960), e o ex-governador paulista Laudo Natel, presidente do São Paulo de 1958 a 1972. Aos 89 anos, Natel continua indo diariamente a seu escritório na Rua Nestor Pestana. Em sua sala, junto a uma réplica do estádio e a uma bandeirinha do clube, o fundador do Bradesco e patrono tricolor parece ansioso com o jogo de empurra da CBF. "A Fifa quer um estádio para 60 mil pessoas, que esteja perto de hospitais, do aeroporto, do metrô e de hotéis", disse Laudo Natel. "Que lugar atende a essas exigências? E quem construirá um novo estádio, uma vez que as três esferas de governo já anunciaram que não colocarão dinheiro nisso?"

Laudo Natel também torce para ver o campo na Copa
Filho de uma arquiteta e marido de outra, confesso que, no processo de apuração, o que mais despertou minha curiosidade foi descobrir, na biblioteca da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP, algumas plantas originais, em grande formato, desenhadas em nanquim sobre papel vegetal pelo arquiteto João Batista Vilanova Artigas, autor do projeto do estádio. Outros desenhos, como um corte lateral das arquibancadas e uma planta da implantação do clube, encontrei em uma edição de 1953 da Revista Habitat, também na biblioteca da FAU. Os arquivos da faculdade guardam também fotografias da maquete apresentada pelo SPFC à imprensa no início daquele ano. São essas imagens, feitas em um tempo alheio a AutoCad e Powerpoint, que eu apresento a seguir.

Implantação do clube no terreno

Planta baixa do estádio
Elevação da arquibancada

Seção lateral da arquibancada

Maquete apresentada em 1953

Outra foto da maquete de 1953
Parabens pela reportagem.
ResponderExcluirGostaria de saber em qual edição da revista epoca sai a reportagem sobre a historia do morumbi. Obrigada Jaqueline Rosa
Oi, Jaqueline. Pena que você não deixou seu e-mail. Espero que você passe por aqui novamente para ler a resposta à sua pergunta. A reportagem foi publicada na edição 27 da Época SÃO PAULO, de julho de 2010.
ResponderExcluirVocê pode ler a íntegra da matéria em http://glo.bo/aV0OnS.
ResponderExcluirCamilo, estou fazendo uma pesquisa de iniciação cientifica sobre o morumbi e gostaria de poder ter uma conversa com você sobre essa sua resportagem .. teria como me passar seu email para conversarmos?
ResponderExcluirEduardo, me escreva no camilo.vannuchi@gmail.com.
ExcluirMaravilha de reportagem. Será que é possivel ver a maquete na fau?
ResponderExcluiroii tudo bem? gostaria de saber de onde vc recuperou essa imagem do corte arquitetônico do estádio?
ResponderExcluirdigo, se tem ela em PDF ou algo assim, quando abro em outra gui está com uma qualidade não muito boa
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